Pais, amigos, amantes que já encontraram sua alma gêmea podem ter uma relação intensa, se divertir e sofrer juntos, superar grandes conflitos e descobrir juntos um novo mundo, e mesmo sendo a outra metade haver desentendimentos. Nem todas as brigas se dão porque somos maus, mas porque nos conhecemos pouco e não sabemos como agir.
Pensar sobre a comunicação e o espaço dela nos relacionamentos significa pensar no silêncio: a palavra que devia ter sido pronunciada, mas ficou fechada na garganta na hora certa de falar, o silêncio que não foi erguido no momento de calar...mas a gente não sabia.
Isso é incomunicabilidade, não é um jogo de poder. Anos depois vem a cobrança: por que naquela hora você não disse isso? Por quê naquela hora você não ficou quieto?
Relacionar-se é uma aventura, fonte de alegria e um risco de desgosto. Dificíl? Sem dúvidas, mas sem esse risco a vida se torna um deserto de miragens. Num relacionamento partilhar a vida com alguém que valha a pena é enriquecer, mas permanecer numa relação desgastada é suicídio emocional. Somos todos frágeis, às vezes laços inconscientes fecham nosso coração.
Para continuar uma relação é preciso pensar e por na balança: mais coisas negativas ou gestos positivos? Mais alegria ou mais sofrimento? Mais realização ou mais desilusão?
Cabe a cada um de nós decidir. Sempre vale a pena apostar quando ainda existe afeto, quando o outro continua sendo uma meta, quando ainda há desejo.
Em certas fases, é preciso matar a cada dia um leão. Não há receita para reconquistar a alma gêmea além da sinceridade e do respeito. É preciso humildade, não ter orgulho não é se rebaixar, mas lutar de cabeça erguida pelo que quer.
Com alguma sorte, boa vontade e ajuda do destino, a alma do outro vai perceber o quanto é especial e necessário caminhar ao seu lado.
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